O que são Percursos Pedestres FCMP?

Os Percursos Pedestres FCMP são tutelados pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal.

São normalizados, implementados, vistoriados e homologados por Técnicos de Percursos Pedestres da FCMP, segundo o Regulamento de Homologação de Percursos Pedestres da FCMP.

Como atividade física implícita, não é um desporto de competição, nem pretende ser considerado como tal.

Da variada sinalética a instalar, a mais usual e menos impactante no terreno são as pinturas com marcas de Pequena Rota (até 30kms) e Grande Rota (mais de 30kms, cuja extensão remete a requisitos mais exigentes quanto a acomodação, alimentação e abastecimento ao longo do caminho).

Nem sempre são inseridos em zonas de índole natural.

São vários os aspetos que caracterizam os percursos pedestres, nomeadamente:

‐ Natural
‐ Cultural
‐ Histórico
‐ Desportivo
‐ Outros

Aspetos gerais

Quem pratica pedestrianismo, além da atividade física, procura pricipalmente o contato com a natureza biodiversa, as cores na  paisagem das diferentes estações, os pequenos artefactos da vida  rural que caíram em desuso mas avivam memórias, o convívio com outros pedestrianistas, etc.

Em termos económicos, são um chamariz de “capital” exterior ao concelho/empreeendedor, potenciador do incremento no turismo de habitação, restauração, artesanato, emprego jovem via empresas de turismo ativo e outras valências próprias para cada situação.

Pela simples implementação no terreno, automaticamente potenciam a candidatura municipal a fundos comunitários para melhoramento, restauro e recuperação de mais-valias nos mais variados setores. Neste tempo material e agitado que vivemos, os percursos pedestres são meio perpetuante de passar lendas, heranças culturais ou histórias esquecidas ao público em geral, além de incrementar a “qualidade de vida local” através da caminhada no meio natural.

De salientar que tanto o meio terapêutico como a DGS promove cada vez mais a caminhada como meio salutar de manter a forma no dia a dia.

O problema eucalipto

A natureza pretende‐se biodiversa e certas espécies não são favoráveis à sua simbiose com a fauna e flora apreciada pelos  pedestrianistas.

Exemplo claro pelo país fora são as mimosas, acácias, áqueas, silvas ou mesmo monoculturas de qualquer espécie.

O eucalipto é a mais negativa de todas as espécies para os percursos pedestres pelas seguintes razões:

‐ Não permite a fixação permanente das marcas pintadas na casca das árvores. A casca de eucalipto cai ao final de um ano e teria de ser realizada nova pintura todos os anos, obrigando a manutenção escusada e dispendiosa ao longo do tempo.

‐ A acidez das suas folhas impregnado no terreno não permite condições para a flora verde clara que salienta a passagem das diferentes estações, consequentemente, torna a paisagem monótona a nível visual/fotográfico.

‐ A permanente queda da casca obriga a limpar os caminhos com frequência superior ao habitual. Regra geral, nos percursos sem eucaliptos, dois desmatamentos por ano são suficientes nos meses anteriores à primavera e final do outono.

‐ Para complementar a impossibilidade de pintura de marcas FCMP é preciso instalar balizas com as marcas, aumentando os custos totais.

‐ Por último e mais grave ainda, a alta flamabilidade do eucalipto destrói por completo qualquer baliza ou demais sinalética instalada, além de constituir um perigo severo para a integridade física dos pedestrianistas em épocas de calor.

Fases para homologação FCMP

A homologação de percursos pedestres segue as seguintes cinco fases:

1ª fase – Estudos e entrega de projeto à FCMP para registo nacional.

‐ Elaboração de projecto para cada percurso, segundo as normas do Regulamento de Homologação de Percursos Pedestres da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal. 

2ª fase – Registo na FCMP.

‐ Entrada dos projetos dos percursos no Registo Nacional de Percursos Pedestres da FCMP.

3ª fase – Implementação no terreno e vistoria FCMP.

‐ Em conformidade com os projetos aprovados pela FCMP, efectua‐se a implementação no terreno dos percursos.

4ª fase – Homologação por Carta de Homologação de Percurso Pedestre FCMP. 

- Validade de cinco anos. Renovação de homologação apenas com nova vistoria.

5ª fase (extra-projeto) – Manutenção.

- Substituição de sinalética vandalizada, roçamento de mato, etc.

Mobiliário e sinalética de percursos pedestres

A sinalética a implementar na 2ª fase consiste de modo geral em:

Marcas pintadas FCMP.

Balizas em plástico reciclado com marcas FCMP.

Poste direcional/localização, em plástico reciclado.

Painel informativo, em estrutura de plástico reciclado.

‐ Não é aconselhável a colocação de cestos do lixo, visto que cada pedestrianista deve ser ecologicamente responsável e deve depositar os seus lixos em cada ecoponto disponível em todo o território nacional.

- Além da sinalética, também terá de ser disponibilizado ao público folheto com breve descrição de cada percurso pedestre a realizar.

‐ Em breve estará disponível ao grande público via “site” FCMP o acesso direto a toda a informação referente aos Percursos Pedestres FCMP, pelo qual será mais‐valia municipal/empreendedor estar inserido no catálogo nacional de pedestrianismo.